
O relógio fixado de frente para a mesa diretora marcava 14h57 quando o deputado Sílvio Costa Filho (PTB) entrou pela primeira vez no plenário, desde que pediu exoneração da Secretaria de Turismo. No esforço para demonstrar serenidade, ele cumprimentou, um por um, todos os 22 parlamentares que já aguardavam o início da sessão. Inclusive Augusto Coutinho (DEM), líder da oposição. No discurso, desejou à bancada vida longa “para perceber que é na dificuldade que a alma cresce”.
O ex-secretário executivo da pasta, Tomé Franca, e o ex-presidente da Empetur José Ricardo Diniz assistiram à sessão. Os dois sentaram logo atrás de Sílvio Filho, na primeira fila das galerias. Amigos desde o tempo em que estudavam no Colégio Decisão, Sílvio Filho e Tomé conversaram algumas vezes por celular, sempre elevando a mão na altura da boca.
Sílvio Filho conversou com colegas de bancada. Ouviu conselhos e sugestões. Os que mais dedicaram atenção ao ex-secretário foram André Campos (PT) e Alberto Feitosa (PR). Com o líder do governo, Isaltino Nascimento (PT), a quem o deputado federal Sílvio Costa (PTB) acusou de defender o filho “na maciota”, a conversa foi fria.
Nos bastidores, Sílvio Filho foi orientado a incluir no discurso uma prestação de contas da sua gestão de dois anos na secretaria, considerada bem sucedida pelo trade turístico, e a retirar do texto a citação ao ministro do TCU José Múcio. Não acatou nenhuma das duas.
Durante a sessão que se estendeu até às 18h, feito pouco comum na rotina da Assembleia, o ex-secretário passou um longo tempo sentado de frente para a deputada Terezinha Nunes (PSDB), protagonista nas denúncias que o derrubaram. Mas os dois evitaram trocar olhares. Foi ela quem protocolou um pedido de informação, no dia 15 de junho deste ano, com questionamentos ao convênio Festejos Natalinos 2008.
Do JC






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