
BELO JARDIM - Acusado de “demagogo” e “proselitista” pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), o governador Eduardo Campos (PSB) partiu para o contra-ataque, ontem, assegurando que a base governista na Câmara Federal deve radicalizar o jogo contra os estados produtores de petróleo, que querem ficar com a maior parte dos lucros advindos do pré-sal. Depois de conversar com parlamentares e os ministros Alexandre Padilha (PT/Relações Institucionais) e Paulo Bernardo (Planejamento), o socialista revelou que o Congresso Nacional se “inflamou” com as críticas de Cabral, também direcionadas a deputados federais.
Para o socialista, o posicionamento do governador do Rio não ajuda nem ao estado nem ao País. “Não vamos entrar no jogo da agressão. Esse jogo de xingar parlamentares de estarem roubando o Estado ‘A’ ou ‘B’, que fulano faz demagogia. O primeiro a perder com essa postura é o Rio de Janeiro”, bateu.
Em represália, Eduardo Campos afirmou que os governistas querem criar uma emenda que divida igualmente, entre todos os estados e municípios do Brasil, os lucros não apenas dos dois terços do pré-sal a serem licitados, mas de toda a camada. Isso incluiria a faixa já concedida para a exploração dos estados produtores: Rio, Espírito Santo e São Paulo.
“Nós temos tentado o acordo desde a primeira hora. Falei que não era bom para o Brasil entrar no cabo-de-aço. Mas tem gente que insiste em radicalizar, jogar fora todo o entendimento e partir para a agressão. O pré-sal é do Brasil, não de um estado ou município”, disparou Eduardo Campos, cutucando Cabral.
Da Folha PE






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