27 de nov. de 2009

Jarbas critica postura do governo do Estado

Na tarde desta quinta-feira, após receber homenagem e discursar no almoço semanal do Grupo de Executivos do Recife (Gere), o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) não mediu palavras para criticar a postura do governo do estado diante da exoneração do ex-prefeito do Recife João Paulo (PT) da secretaria de articulação Regional e das denúncias de superfaturamento de contratos de shows musicais promovidos pela Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur) – apresentadas pela bancada de oposição da Assembleia Legislativa. “João Paulo foi tratado como um vagabundo, um zé-ninguém, bestalhão”, avaliou.

No que se refere aos contratos majorados, Jarbas entende que o governador Eduardo Campos (PSB) erra ao tentar sufocar o problema na base da “ironia ou do grito” ao mesmo tempo em que pede investigação do TCE. Confira aqui a entrevista que o senador deu ao Diario de Pernambuco.

Oposição a Lula
“Primeiro é importante fazer oposição, que tenha alguém para contraditar isso
só. O Brasil não deve ser só ufanismo, o país precisa de investimentos
brutais em infraestrutura para que a gente possa ser chamado de nação”.

Sem críticas locais
“Aqui tem oposição para fazer (as críticas). Estou lá em Brasília para fazer
isso em relação ao governo federal. Tem (os deputados) Terezinha (Nunes, do
PSDB), Augusto (Coutinho, do DEM), Miriam (Lacerda, do DEM), a ex-prefeita de
Olinda, Jacilda (Urquisa, do PMDB). O meu papel é acompanhar o govrno
federal”.

Candidatura
“Nada vai me estimular ou desestimular numa eventual decisão de ser candidato
ao governador. Quero fazer isso com calma, mais adiante (disse que só depois
do Carnaval)”.

Antecipação ilegal
“Sou crítico de um presidente da República que antecipou nas barbas da
justiça, na frente da promotoria pública, a campanha eleitoral. Ele está em
campanha desdee janeiro, usando os recursos e equipamentos públicos. E vez
por outra a justiça está caçando um senador, um governador de estado e não
enquadra o governo”.

Ataques futuros
“Se candidato a governador, passo a ter responsabilidade no estado de dizer o
que deve ser mudado, o que terá continuidade, o que está errado”.

Empetur
“Dois cantores conhecidos de Pernambuco que já contestaram que não receberam
cachê e o governador simplesmente diz que era um factóide. Que diabos de
factóide é esse? Isso é completamemente errado. Talvez ele (Eduardo) queira
sufocar o assunto na base da ironia ou do grito. Se fosse factóide ele não
teria ido ao TCE como mandou ir”.

CPI
“Eu não vou dizer: faça uma CPI (para investigar contratos da Empetur). Quem
vai dizer é a Assembleia”.

João Paulo
“Se encontrar com João Paulo, com quem ainda não encontrei, para quem não
telefonei (depois da saída do governo), vou dar um abraço nele. Acho que
agiram com ele de forma inadequada. Não se age assim com um ex-prefeito, um
aliado, uma pessoa que se elegeu duas vezes prefeito (do Recife) e fez
sucessor. Me parece que ele foi tratado de forma inadequada. Foi tratado como
vagabundo. Um governador o demitiu através de recado, de imprensa, disso e
daquilo, como fosse um zé ninguém, um abestalhado. Ainda bem que ele (João
Paulo) não se submeteu a isso”.

Pressão
“O que disse aí (sobre que é preciso respeitar o que ele pensa, ainda que
poucos concordem com sua postura de adiar a decisão de se candidatar) tenho
dito às pessoas Muita gente chega em Brasília, ou aqui, na minha casa. Mas eu
digo: ‘você tem que respeitar o sentimento alheio. O meu é esse’. Não vou
decidi isso agora. Não adianta cobrar mandar recado pela imprensa. Não vou
tomar essa decisão agora”.

Por Josué Noguêira para o DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR

0 comentários:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...