3 de dez. de 2009


Eduardo se diz chocado com esquema no DF

RIO – O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, disse ontem ter ficado chocado com o suposto esquema de corrupção envolvendo o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM). Campos afirmou que o PSB se encaminha para expulsar o deputado distrital Rogério Ulysses (DF), flagrado em vídeo recebendo propina.

“Meu partido colocou um parlamentar citado na comissão de ética, já o ouviu e vai tirá-lo do partido. Esse é o procedimento que está em curso lá”, afirmou, após participar de cerimônia na sede da Petrobras, no Rio.

Eduardo Campos defendeu que sejam respeitados todos os prazos legais dentro do processo e que seja dado o direito de defesa a todos os acusados. Ele evitou comentar a decisão do DEM, que decidiu dar oito dias para o governador Arruda se explicar. Para o presidente do PSB, será inevitável que a imagem do DEM não seja arranhada com o escândalo e que o tema não venha à tona nas eleições do ano que vem.

Depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter dito que as imagens não falam por si, Eduardo considerou as provas até aqui apresentadas contundentes. “Se aquilo não for prova contundente, o que é prova contundente? As imagens são parte da prova, mas sabemos que é preciso respeitar o processo legal, sob pena de haver prejulgamento e cerceamento de defesa”, afirmou.

Para o líder do DEM na Câmara, deputado Ronaldo Caiado (GO), a expulsão de José Roberto Arruda, do partido é questão de tempo. Na avaliação do democrata, o sentimento dentro da legenda depois da reunião da executiva do partido, realizada anteontem, é pela desfiliação sumária de Arruda devido às acusações de que ele, supostamente, comandaria um esquema de propina para aliados políticos e deputados distritais.

Para Caiado, a decisão tomada pela sigla, que concedeu oito dias para Arruda apresentar sua defesa das acusações, foi apenas regimental. “O sentimento é geral e único. O sentimento de todos é pela expulsão do governador Arruda dos quadros do Democratas. Ninguém que estava ali (na reunião) estava confortável, muito menos queria a permanência dele (Arruda) nos quadros do partido. Essa foi a opinião generalizada. Por isso, posso adiantar esse diagnóstico (da expulsão)”, afirmou.

Do Jc

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