2 de dez. de 2009

Oposição diz que vai continuar investigação

O pedido de exoneração de Silvio Costa Filho (PTB) não mudará a estratégia da oposição em relação às investigações das denúncias de superfaturamento de contratos de shows musicais, promovidos pela Empetur, realizados no interior do estado. "Vamos continuar a fazer a investigação e solicitar aos órgãos competentes a ampliação da apuração das irregularidades por causa das novas denúncias que surgiram", garantiu a deputada estadual Terezinha Nunes (PSDB). Segundo ela, vários prefeitos e vereadores, contrariando os relatórios do governo, informaram que algumas das festas não foram realizadas.

"Vamos solicitar a apuração das irregularidades a partir das novas denúncias"
Terezinha Nunes (PSDB) - deputada estadual

Em nota, o líder da oposição, Augusto Coutinho (DEM), declarou que, "em momento algum, a nossa (deputados oposicionistas) intenção foi a de atingir o secretário, não agimos motivados por questões pessoais que de resto não existem. Os fatos falam por si e de forma alguma a demissão põe fim aos questionamentos e, sobretudo, à necessidade de que tudo seja apurado rigorosamente. Que a saída de Silvio Costa Filho não seja uma cortina de fumaça para blindar a atual gestão", diz o documento.

Terezinha afirmou que a volta do ex-secretário para a Assembleia Legislativa não poderá ter imposições ao Poder Legislativo. Sobre a declaração de Silvio Costa Filho, de que irá "assinar a CPI e exigir que que sejam apuradas todas as denúncias de eventos em Pernambuco desde 1º de janeiro de 1999 até a presente data", a deputada oposicionista disse ter interesse de que ele assine o requerimento. "Temos 14 assinaturas, precisamos de três do governo para instalar a CPI", justificou.

Ressaltou, em seguida, que o requerimento da CPI tem objeto - a apuração de denúncias da gestão Eduardo Campos (PSB) - e não pode ser modificado. "A não ser que ele tente abrir uma nova CPI, o que vou achar engraçado: ele, acusado de várias irregularidades, tentar fazer uma CPI", completou. Para investigar supostas irregularidades de 1999 até os dias atuais seria necessário fazer um novo requerimento para a instalação de outra CPI.

Já a auditoria especial no Tribunal de Contas do Estado (TCE), solicitada pelo governo do estado e pela oposição, poderá ampliar o horizonte da investigação, caso os auditores achem necessário, mas isso dependerá do que eles encontrarem na Empetur. Além da auditoria, a oposição protocolou uma representação no Ministério Público do Estado e deve acionar o Ministério Público Federal.

Do Diario de Pernambuco

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