Para viabilizar o projeto de poder de Eduardo Campos (PSB), candidato à reeleição, a executiva estadual do partido, comandado nacionalmente pelo governador, quer “exportar” o modelo de gestão de Eduardo para os municípios administrados pelos socialistas. Das 184 prefeituras de Pernambuco, 49 são gerenciadas pelo PSB, sem contar com os 31 vice-prefeitos filiados à legenda. A ideia é transformar essas prefeituras em “centros de excelência”, incentivando, inclusive, a adoção de um perfil de secretariado semelhante ao de Eduardo, criando pastas exclusivas para a implementação de políticas públicas voltadas para a juventude e a mulher.
Eduardo Campos aposta alto para construir o “jeito socialista” de governar, demarcando as diferenças que tem não só com a oposição, mas também com o principal aliado, o PT. A sigla do presidente Lula consolidou um discurso administrativo centrado em programas importantes, que rendem votos, como o Bolsa Família. Eduardo quer ocupar um espaço próprio para conquistar votos a partir de um modelo de gestão que leve a chancela do PSB. “Queremos profissionalizar e modernizar a gestão pública. Os prefeitos e vices não podem trabalhar como antigamente. Tem que mudar e se adequar”, explicou Adilson Gomes, membro da executiva estadual do PSB e do governo do Estado.
É por meio dessa estratégia de planejamento que o PSB pretende implementar as políticas públicas estaduais para enfrentar principalmente problemas nas áreas mais delicadas, como segurança pública, saúde e educação. Foi essa a orientação dada pelos líderes da agremiação aos 250 gestores públicos e parlamentares que participaram, no último fim de semana, de um seminário promovido pelo PSB em Moreno. O evento deixou clara a tentativa de fortalecer o discurso de que Eduardo trabalha em diversas áreas para trazer desenvolvimento e emprego. E inviabilizar os argumentos da oposição de que ele não estaria correspondendo às expectativas da população, ao não cumprir as promessas de campanha.
Do JC Online






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