“Se agirmos assim, evita todo tipo de avaliação. Evita dizer que se está agindo por pressão. A expectativa é que o STF se pronuncie o mais rápido possível”, argumento Wal, como o deputado é chamado. Ontem, ele chegou a se reunir com Tadeu Alencar, secretário da Casa Civil e ex-procurador-geral do Estado. Os dois gostariam de ver o Supremo dar à decisão o caráter “vinculante”. Ou seja, que determinasse que toda as casas legislativas deveriam seguir o mesmo entendimento nessa polêmica envolvendo os suplentes.
o governador Eduardo Campos gostaria de ver vitoriosa a tese de que os suplentes a serem empossados devem ser os dos partidos. Nos bastidores, estuda, inclusive, convocar mais um deputado eleito para compor o primeiro escalão, na hipótese de o STF decidir pela tese da suplência pela coligação. A iniciativa faz parte da estratégia para garantir a vaga do deputado não reeleito Sebastião Rufino, que trocou o DEM pelo PSB no final de 2009. A pretensão de Eduardo foi repassada, na última terça-feira, a dois parlamentares da base aliada pelo próprio presidente da Assembleia, Guilherme Uchoa (PDT). O pedetista se tornou ainda mais próximo de Eduardo depois que assumiu o cargo, no início de 2007, e se comporta com irrestrita fidelidade ao governo.
Waldemar, porém, negou qualquer torcida do governo na polêmica. “Não há interferência. Nunca ouvi de nenhum integrante do governo (a preferência pela tese dos partidos). Em todo o Brasil, tem argumentos para os dois lados”, afirmou.
Até o início da noite, Waldemar não havia conseguido contato com Eduardo. O governador passou o dia nas reuniões de monitoramento das ações do governo. “Então não tem posição do governo”, disse Wal, sobre a aceitação ou não da ideia de manter os deputados secretários na Casa até o STF se manifestar.
No trâmite normal, os secretários são exonerados das respectivas pastas, tomam posse na Assembleia no mesmo dia da publicação do ato de exoneração e, no dia seguinte, se licenciam e voltam para o Executivo. A pasta do Turismo, cujo titular é Alberto Feitosa (PR), ficaria temporariamente com Hamilton Falcão. Nos Transportes está Isaltino Nascimento (PT), com Carlos Júnior como executivo. Na pasta de Desenvolvimento Social, comandada por Laura Gomes (PDT), são três executivos: coronel Romero Ribeiro, Acácio Ferreira e Rodrigo Pellegrino. No caso da pasta da Criança e Juventude, sob a batuta de Raquel Lyra (PDT), também são três executivos: José Fernandes da Silva, Joelson Rodrigues e Cláudio Alencar.
Do JC Online






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