Faltou força a Serra para tirar Sérgio Guerra
Quase por aclamação, o senador Sérgio Guerra foi indicado pela bancada federal do PSDB para ficar na presidência nacional do partido por mais um biênio. Foi a forma encontrada pelos deputados para impedir que houvesse um racha interno entre as facções de José Serra e Aécio Neves, que já vinham se digladiando discretamente pelo controle da legenda. O senador pernambucano não toma partido em favor de nenhum e por isso ganhou a confiança de ambos para ficar por mais dois anos.
Havia uma forte suspeita na legenda de que Serra se movimentaria nos bastidores para ficar com o controle partidário visando a uma terceira candidatura presidencial em 2014, dado que no discurso em que reconheceu a derrota para Dilma, na noite de 27 de outubro de 2010, ele disse com todas as letras que sua luta para chegar ao Palácio do Planalto estava apenas começando. Ele de fato não tinha interesse na permanência de Sérgio Guerra. Mas, sem força política para afastá-lo, accedeu.
Serra saiu das últimas eleições com 44% dos votos válidos e deve ter botado na cabeça que ainda tem possibilidade de chegar lá, malgrado o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que é seu principal aliado no partido, já ter deixado vazar para tucanos que em 2014 “a vez é do Aécio”. O senador e ex-governador de Minas leva certa vantagem sobre Serra porque estará no Congresso a partir de 1º de fevereiro. Mas, para viabilizar-se como candidato, terá que virar um “quadro nacional”.
Suplente 1 – Palpite do advogado Márcio Alves que já exerceu o cargo de procurador geral da Assembleia Legislativa na gestão do presidente José Marcos: o STF deve determinar que deputado que se afastar para ocupar cargo executivo seja substituto pelo suplente do partido.
Suplente 2 – Márcio Alves não crê que o STF resolva ir de encontro à jurisprudência do TSE segundo a qual o mandato não pertence ao político e sim ao partido pelo qual se elegeu. Mas, para não tumultuar o resultado do pleito, crê que esse entendimento só valerá a partir de 2012.
O fantasma – Embora tenha o apoio de 21 partidos para reeleger-se no dia 1º presidente da Câmara Federal, Márcio Maia (PT-RS) não tira da cabeça o exemplo da rebelião do “baixo clero” em 2005 que culminou com a eleição do pernambucano Severino Cavalcanti (PP). Quer de todo jeito tirar Sandro Mabel (PR-GO) do páreo devido ao prestígio que ele tem naquele segmento.
A 1ª vez – Domingo, Michel Temer assumirá pela 1ª vez a presidência da República em razão da viagem de Dilma Rousseff à Argentina. A presidente do Brasil vai encontrar um país empobrecido e uma governante cada vez mais impopular (Cristina Kircher) e se surpreender com o elevado prestígio do ex-presidente Lula, que se pudesse ser candidato lá se elegeria no 1º turno.
A reforma – Não ficará restrita à pasta do Planejamento a reforma que o prefeito Yves Ribeiro (PSB) fará em Paulista visando a dar uma “sacudida” na sua administração. Além de Jorge Carrero, outros técnicos de alto nível serão recrutados por ele para ocupar cargos no 1º escalão.
De todos – Devido às chuvas no RJ, SP, MG, SC e RS, o ministro Fernando Bezerra Coelho (integração nacional) começou a provar, na prática, que sua pasta não é direcionada apenas para os estados do Nordeste. A pasta é da “integração nacional” e é assim que está funcionando.
O quarteto - Para “isolar” João Paulo no PT, o prefeito João da Costa resolveu chamar para a sua equipe petistas com os quais não tinha nenhuma relação a exemplo de André Campos, Teresa Leitão e Cláudio Ferreira. Durante o tempo em que foi assessor de João Paulo, o grupo de João da Costa era formado por ambos e os ex-secretários Múcio Magalhães e Lygia Falcão.
O aviso – O senador Armando Monteiro Neto (PTB) já fez chegar ao conhecimento de Eduardo Campos que a partir deste ano vai iniciar articulações para tentar viabilizar sua candidatura ao governo estadual em 2014. Mas se porventura não conseguir, ressalvou, permanecerá firme e forte na Frente Popular.
O recuo – João Paulo (PT) não está mais com a ideia fixa de buscar abrigo em outra legenda para disputar a prefeitura do Recife em 2012 como forma de vingar-se de João da Costa. As conversas que vinha tendo com o PDT e o PCdoB foram interrompidas, dando a entender que ficará aonde se encontra.
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