18 de fev. de 2011

Aprovação de salário mínimo de R$ 545 na Câmara foi derrota política, diz presidente da UGT

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - Para Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), a aprovação do salário mínimo de R$ 545 pela Câmara dos Deputados, abaixo do que as centrais sindicais reivindicavam, foi uma “derrota política” e não econômica. Ele disse hoje (17) para a Agência Brasil que a derrota era esperada, “mas não com essa dimensão que ocorreu”.

“Todos os integrantes do PMDB votaram a favor do governo. Os outros partidos da base do governo, todos, com exceção do PDT, votaram integralmente com o governo”, disse Patah. “Essa perda é mais política do que econômica porque no ano que vem o salário minimo vai passar dos R$ 625”, completou.

Segundo o sindicalista, apesar do projeto ainda precisar de aprovação no Senado, o valor de R$ 545, que foi aprovado pelos deputados, não deve sofrer alteração. “Se tivermos dez votos lá [no Senado] será muito”, disse.

Na próxima semana, de acordo com Patah, representantes de todas as centrais deverão se reunir para discutir novos temas de luta do movimento sindical que devem entrar em pauta este ano. Entre eles, o fim do fator previdenciário, a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais e a correção da tabela do Imposto de Renda.

“Tenho certeza de que um item que vamos ter sucesso é a correção da tabela do Imposto de Renda porque interessa a muitas pessoas. Vamos pressionar para que tenha, no mínimo, a [correção da] inflação de 6,47%”, afirmou.

Patah também informou que as centrais sindicais estão estudando a ideia de fazer uma passeata em São Paulo ou em Brasília, antes da comemoração do 1º de Maio (Dia do Trabalhador) para “colocar milhares de pessoas nas ruas valorizando essas bandeiras que estamos empenhando”.

Edição: Aécio Amado

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