
Editorial
Pensando Camocim - O desafio da oportunidade
É fato e não há maneiras de maquiar esta cruel realidade: nossa cidade não oferece oportunidades para crescimento e geração de renda. Faltam estímulos e propostas. Os que assumem posturas de líderes se preocupam com carnaval ou partido político e se esquecem que acima de tudo existe um povo a ser pensado. Nada contra a realização de eventos e outras ações, mas urge um pensamento de alavancar o crescimento econômico de Camocim de São Félix.
Uma cidade situada numa posição geográfica diferencial – pólo para muitas cidades que estão ao redor. Já é um facilitador para escoar produção. Bom, quem escreve não é um especialista nem economista mas alguém que está traduzindo uma realidade que todos conhecem: nossa cidade não oferece oportunidades a quem deseja crescer. É preciso migrar em que seria interessante elevar o nome do município construindo aqui um potencial.
Quando jovens e adultos são qualificados, precisam necessariamente partir para outros centros que ofereçam a chance de se colocar em prática o qualificado. Um movimento inverso e nocivo para a cidade de exportação de produção perdura no tempo sem previsão ou metas para ser invertido.
O Poder Público ainda não olhou com carinho essa realidade. Os políticos se importam mais com cores de camisa a oferecer uma proposta para a cidade, confundindo o povo e eternizando essa politicagem pão e circo. Similar a toda cidade pequena, há uma arena em que dois poderes inversos lutam tão somente pelo poder em si, enquanto o povo assiste passivo nas arquibancadas torcendo pela cor de sua preferência. Os que desafiam a mudar esse pensamento não são levados a sério e justamente são os que apresentam uma perspectiva positiva para a cidade, logo esmagado pelo doce discurso do confronto dos poderes.
Eu vejo com bons olhos alguns líderes e pessoas com uma nova mentalidade quando ousam desafiar essa lógica pervetida de fazer política que impera. Mas infelizmente são sufocadas pelos gritos dos lados confrontantes.
Camocim de São Félix longe ainda da industrialização; da inserção dos seus cidadãos no mercado de trabalho dentro das fronteiras municipais, de ao invés de exportar importar mão de obra e qualificar ainda mais principalmente os jovens, tirando-os da osciosidade e zona de risco, livrando-os do famigerado mundo da marginalidade que está literalmente como uma avalanche engolindo nossos potenciais.
Eu pergunto: onde estão os defensores do povo? Os políticos, pretensos candidatos que já lançam seus desejos de galgar um cargo público em adesivos e eventos? Por onde habitam suas propostas? Suas ações? Qual o verdadeiro interesse?
Eu desafio todos, independente de partidos e cores a repensar seus discursos e propor uma nova realidade para a nossa cidade. Não se conformar , mas confrontar positivamente. Não nasci com vocação para a política, mas estimulo aos vocacionados a lutar por uma cidade diferente, em que exista principalmente oportunidade para nossos jovens, nossas famílias.
Só teremos uma Camocim dos sonhos quando saímos da passividade e permissividade. Não é fácil, mas possível.






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