17 de set. de 2009

Lula prepara indicação de Múcio para o TCU

Ministro das Relações Institucionais vai integrar o Tribunal de Contas da União e Alexandre Padilha continua sendo o mais cotado para ocupar o seu lugar no ministério. Indicações são aguardadas


BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já tomou a decisão de indicar o ministro das Relações Institucionais, José Múcio, para o Tribunal de Contas da União (TCU). Apesar de ter dito ontem à tarde que ainda estava pensando no nome para o TCU, Lula poderia assinar ainda ontem à noite a indicação oficial de Múcio para o tribunal. Até o fechamento desta edição, às 23h30, a indicação ainda não havia sido anunciada. Após a confirmação, Múcio precisa ser sabatinados pelo Senado.

Para o lugar de Múcio, Lula nomeará Alexandre Padilha, atual secretário de Assuntos Federativos da pasta das Relações Institucionais. Padilha é visto por Lula como um bom técnico, desprovido, no entanto, de habilidade e experiência políticas. Outro nome que chegou a ser cogitado para o lugar de Múcio é o do deputado Antônio Palocci, que voltaria ao governo para permanecer até o final do mandato de Lula.

O problema é que, nesta hipótese, Palocci não poderia candidatar-se à reeleição ou a outro cargo no pleito do ano que vem, ficando sem mandato a partir de 2011. Há alguns meses, Múcio teve uma conversa com Lula sobre seu futuro. A crise do Senado adiou a indicação. Ontem à noite, o presidente o convidou oficialmente. O presidente avalia que Múcio passará facilmente no Senado.

CAMPANHA

Na mesma entrevista em que afirmou, à tarde, ainda não ter escolhido o nome de Múcio, o presidente Lula comparou uma campanha eleitoral a uma maratona e disse que “nunca quem sai na frente é o vencedor”. “Uma campanha é uma maratona. Você viu que quem ganha nunca sai correndo de forma atabalhoada. Vai devagar até chegar à vitória”, disse, ao ser questionado sobre a candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à sucessão presidencial.

Em entrevista no Palácio do Itamaraty, disse que a prioridade de Dilma deve ser coordenar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Minha Casa, Minha Vida. O tema eleitoral também esteve presente em discurso de Lula durante evento de comemoração dos 45 anos do Instituto de Pesquisa Econômica Avançada (Ipea). Segundo o presidente, todos os atuais pré-candidatos à Presidência “têm origem de esquerda”. “Pela primeira vez não vamos ter um candidato de direita na campanha. Não é fantástico isso?”, indagou.

Lula disse que a campanha de 2010 vai ser interessante porque trará assuntos novos para o eleitor. “Qual será a grande discussão da campanha de 2010? O futuro. A questão climática ganha outra importância extraordinária, e a questão do pré-sal que vai ser um debate que vai perdurar por bom tempo”, afirmou.

O presidente criticou regionalismos durante a disputa. Disse que pensar o país a partir de São Paulo “é equívoco”. “Hoje tenho noção que não há livro que me ensine a diferença de ficar com o bumbum sentado numa cadeira no gabinete e sair por este país viajando. O Brasil precisa ser visto pelas pessoas que querem governar este país. Visto na sua plenitude”.

Do JC Online

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