24 de fev. de 2011

Cuba interroga dissidentes e gera polêmica na comunidade internacional

Da Agência Lusa

Brasília – Mantido sob poder das autoridades por algumas horas, o dissidente político cubano Guillermo Fariñas, de 49 anos, foi interrogado pela polícia quando promovia ações para lembrar o primeiro aniversário da morte do preso político Orlando Zapata, que morreu depois de 85 dias em greve de fome. Também há informações de que a mãe de Zapata, Luisa Tamayo, ficou presa por 12 horas na última semana para ser interrogada.

Os interrogatórios de dissidentes cubanos geraram críticas do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Para ele, as prisões de opositores e os interrogatórios de Cuba ferem a preservação dos direitos humanos, como defende a comunidade internacional.

Ex-militar, Fariñas passou a integrar movimentos de oposição ao governo Castro nos anos 90, quando começou uma greve de fome no dia seguinte ao da morte de Zapata. Ele fez 135 dias de greve, mas suspendeu o protesto depois que o governo do presidente cubano, Raul Castro, anunciou a libertação de 52 presos políticos.

O acordo para a libertação dos dissidentes foi negociado pela Igreja Católica de Cuba e o governo da Espanha. Ainda há seis presos dos 52 dissidentes políticos.

Para Barack Obama, as ações dos dissidentes cubanos não passarão despercebidas pela comunidade internacional. “O povo cubano deve saber que o seu sofrimento não passa despercebido e que os Estados Unidos permanecem inabaláveis no compromisso de defender o direito inalienável do povo cubano de gozar as liberdades que definem as Américas e que são universais a todos os seres humanos”, afirmou.


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