14 de fev. de 2011

Do blog de Magno Martins

Coluna de hoje na Folha

A missa e o vigário

O governador Eduardo Campos começou o segundo mandato com um olho na missa e outro no vigário. A missa, o plano estadual, é voo de brigadeiro, com poucas chances de sofrer turbulências. Sem oposição no Estado, com reservas no caixa para atravessar o primeiro ano de escassez de Dilma, o socialista tende a fazer um o governo com mais visibilidade ainda do que o anterior para permanecer vidrado no padre, o cenário nacional.

Deste, aliás, ele não desliga um só instante e já faz articulações para viabilizar uma possível candidatura a presidente ou vice, em 2014. Na semana passada, por exemplo, diante do não do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), convidado para ingressar no PSB, Eduardo deixou a casa do democrata com a certeza de que o Partido da Democracia Brasileira (PDB), criado por Kassab e o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, será um potencial aliado do PSB e isso já abre uma janela para ele se apresentar como opção presidencial à polarização travada entre PT e PSDB.

Águia no terreno das conjecturas políticas, Eduardo sabe que Dilma não dará a ele o mesmo tratamento dispensado por Lula, porque a presidenta tem planos de ficar oito anos no poder e sabe que o presidente nacional do PSB é apontado, naturalmente, como um concorrente dentro das forças governistas, gozando prestígio , conceito e a confiança de Lula.

BRIGA FEDERAL– Na matéria da Veja desta semana sobre o avanço do PT no Governo Dilma e as intrigas nos partidos da base, mais uma vez é focada a batalha interna que o presidente do PSB, Eduardo Campos, trava com Ciro Gomes e o governador do Ceará, Cid Gomes. Informa que, apesar da presidente ter dado um ministério para o grupo de Eduardo e outro para os Gomes, eles continuam sem se entender na briga agora pelos cargos do segundo escalão.

Teste de fogo - Dilma passará pelo primeiro grande teste no Congresso na votação do salário mínimo de R$ 545 na próxima quarta-feira. Insatisfeita com os cortes das emendas individuais no pacote da tesourada de R$ 50 bilhões, a base aliada ameaça votar pelo valor de R$ 560. A presidente não perdoará traições.

Rádio Folha vira cabeça de rede - A Rádio Folha 96,7 FM, do Grupo EQM, passa a ser a cabeça de rede do Frente a Frente com Magno Martins, programa ancorado por este colunista e retransmitido pela Rede Pernambucana de Rádio para todo o Estado por mais 30 emissoras. Há dois anos no ar, das 18 às 19 horas, de segunda-feira a sexta-feira, o programa é líder absoluto de audiência no horário.

Ceará na frente - Na queda de braço entre Cid Gomes e Eduardo, o cearense levou a melhor e emplacou o secretário nacional de irrigação. Ramon Rodrigues, ex-secretário de Recursos Hídricos do Ceará, administrará um fundo bilionário e PPPs. O Brasil tem um potencial de 4 milhões de hectares de áreas privadas irrigáveis.

Na Cultura - Atual administrador de Fernando de Noronha, Romeu Baptista informa que não pode ser acusado de ter abandonado o projeto de modernização do Recife Antigo quando ocupou a Secretaria de Turismo na primeira gestão João Paulo. “Encarado como projeto multicultural, o bairro ficou na pasta de Cultura”, diz.

CURTAS –

SUCESSO– Mesmo não tendo sido reeleito, o ex-deputado Edgar Moury Fernandes (PMDB) mostrou que ainda está em alta ao atrair políticos de todas as tendências, entre os quais o governador, para a prévia dos 50, sábado passado.

MAIS UM– Na conversa com o governador na semana passada, o prefeito João da Costa comunicou que estava convocando a deputada Teresa Leitão (PT) para assumir a pasta de Educação. Com isso, mais um suplente assume na Alepe.

MUDANÇA– É possível que o presidente do PTB, Armando Monteiro Neto, antecipe a eleição do novo diretório estadual de maio para março. Já está acertado que o novo presidente será o secretário-geral José Humberto, presidente do Detran.

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